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08-01-14

#cutetalk com o grafiteiro TOZ

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O artista fala sobre sua infância, inspirações, projetos futuros e…. tatuagens. Confira esse entrevista exclusiva!

Baiano que adotou o Rio de Janeiro como cidade do coração na adolescência, Tomaz Viana, o TOZ, é fã de animação e mangás. As cores fortes estão presentes nos trabalhos do artista, que são felizes e fofos.

Em 2012 foi inaugurada a exposição “Vendedor de Alegrias” na galeria Movimento Arte Contemporânea, situada no Shopping Cassino Atlântico, Rio de Janeiro. Na nova fase, deixou seu lado “da noite” do antigo personagem “Insônia” para abrir um novo caminho mais diurno, leve e colorido.

O personagem "Insônia".

O personagem “Insônia”.

Um de seus trabalhos mais recentes, "O vendedor de bolas".

Um de seus trabalhos mais recentes, “O vendedor de bolas”.

TOZ  já pintou um painel gigante – 19,8m por 2,5m – no prédio da ONU em Genebra, já ilustrou camisetas, viu seus desenhos virarem toy art e lançou um livro.

Nesta entrevista, saiba mais sobre sua vida e carreira.

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Você gostava de pintar e desenhar quando era criança? Como surgiu seu interesse pelo grafite?

Sim, gostava. Sempre desenhei e pintei em casa, minha mãe fazia universidade de Belas Artes nessa época, então eu usava o material dela. Era tudo liberado para minha brincadeiras.

Quais são as barreiras que o grafite ainda precisa derrubar?

Acho que todas, existe muito mito sobre o assunto, muita coisa pra ser pensada e feita.

Trabalho "Selção natural".

Trabalho “Selção natural”.

Já sofreu preconceito por ser grafiteiro?

Eu nunca passei por nada diretamente, mas existe aquele preconceito sobre o desconhecido, sim.

De onde surgiram os personagens Shimu e Nina? Foram inspirados em alguém que você conhece?

Sim, Shimu foi inspirado nos meus cachorros e a Nina foi inspirada na minha sobrinha.

Shimu

Shimu

Nina, no muro da Sociedade Hípica, no Jardim Botânico, Rio de Janeiro.

Nina, no muro da Sociedade Hípica, no Jardim Botânico, Rio de Janeiro.

E o projeto FlashBeck Crew (coletivo de arte urbana do qual TOZ faz parte, criado em 1999) ainda existe?

Existe sim, é mais que projeto, é uma família pra mim. Continua rolando nas ruas, com painéis de graffiti.

Alguns personagens versão toy art.

Alguns personagens versão toy art.

Passei na Gamboa recentemente e pirei com o seu trabalho naquele paredão na Rua Sacadura Cabral (Rio), que eu só conhecia por fotos. Qual foi a sensação de fazer uma intervenção artística tão marcante na cidade?

Foi a realização máxima, um sonho que realizei sem sair da cidade que amo!

O maior mural do Rio, que ocupa 2.100 metros quadrados.

O maior mural do Rio, que ocupa 2.100 metros quadrados.

Percebi que vc tem MUITAS tatuagens. Como surgem ideias pros desenhos? São coisas relacionadas aos seus trabalhos?

Eu comecei bem cedo – meu pai me levou pra fazer a primeira quando eu tinha 9 anos (!). Depois disso nunca parei, tenho desenhos meus e de amigos, sempre tatuei o que dava vontade. Não tenho noção de quantas tatuagens possuo, tenho um braço e um perna fechados de tattoo.

Crédito da imagem: RioETC

Crédito da imagem: RIOetc

Tem algum grafiteiro, artista ou músico que é uma inspiração pra você?

Tenho muitos, mas acho que a minha base foi feita ouvindo música boa em casa, de Elvis a Luiz Gonzaga, Raul Seixas, Bob Marley, Gilberto Gil, entre muitos outros!

BB idoso

BB idoso

Você tem algum projeto especial agora pra 2014? Uma expo nova, um novo livro, talvez uma viagem…

Meu projeto pra esse ano é fazer minha expo no começo de março e começar a produzir o livro da FlashBeck Crew.

Capa do livro ''Toz: Traço e Trajetória''.

Capa do livro ”Toz: Traço e Trajetória”.

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