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18-09-14

O que rolou no #cdayrio2014, um dia inteiro de descobertas

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Evento reuniu profissionais para debater Design e Branding de forma descontraída e descolada. Vem ver como foi.

Você esteve no #cdayrio, o evento organizado pelo Cutedrop com super palestrantes?

Não? Ah, você perdeu um super evento… Mas não fique triste. Tivemos uma informante por lá, a jornalista Aline Souza, que resumiu o evento pra gente neste incrível post, pra deixar você animado para para o próximo!

Com a palavra, Aline:

CDAY: um dia inteiro de descobertas

Neste último sábado (13/09) aconteceu no Rio de Janeiro o CDAY, evento organizado por Letícia Motta, criadora do Cutedrop, que contou com a participação de palestrantes de peso do mundo do design, branding, criação e publicidade. Confira aqui alguns dos principais pontos abordados!

Fábio Barreto

Responsável pela recém-criada Agência SIDES, Fábio Barreto compartilhou com o público suas experiências e os aprendizados ao longo da carreira profissional. De criativo a empresário, da pedra à vidraça, ele foi dividindo seus cases e contou como chegou ao momento atual de criação do próprio negócio.

Um dos conselhos do Fábio é sempre manter o pé no chão sem se deixar afetar pela purpurina do meio publicitário.

“Eu recomendo para todo mundo trabalhar com varejo um dia e falar de asinhas de frango. Nem todo mundo consegue, mas quem o faz bem, consegue fazer qualquer outra coisa”.

Para Fábio a máxima de ‘o cliente tem sempre razão’ não é 100% verdadeira. De fato, o cliente tem suas razões e é importante saber ouvir e deixar que isso norteie o trabalho na publicidade e no marketing.

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Fábio Barreto e o case do Panda.

Mas a plateia acordou mesmo foi quando Fábio mostrou o case de sucesso na campanha para o Motel Panda, que teve seus percalços em questões de fundo moral com órgãos como CONAR e Ministério Público. A campanha foi veiculada somente em busdoor e com orçamento reduzido, mas atingiu alto índice de popularidade nas redes sociais e causou muita polêmica. As ações que tentaram censurar a campanha alegaram que o Panda lembra bicho de pelúcia, o que poderia infantilizar o ato sexual. Quanto mais polêmica e mais exposição, mais aumentava a procura: em 2013 foi a maior taxa de ocupação do motel nos últimos cinco anos.

“O resultado financeiro foi ótimo! Comprar a briga com eles foi uma boa escolha estratégica, o cliente ficou feliz. A grande charada é como contar aquilo que é tudo igual de forma adequada e pertinente”, ensinou Fábio.

Márcio Botelho

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Márcio Botelho, do Estúdio Ícone, mostrou que é possível criar arte para a publicidade, com peças que vão muito além da tentativa de vender alguma coisa. Diversos exemplos de imagens manipuladas em computação gráfica, criações em 3D e design gráfico deixaram a plateia de boca aberta tamanha era a riqueza de detalhes das imagens finalizadas após um longo processo criativo. Ele lembrou que uma parceria entre diretor de arte e estúdio é sempre bem vinda.

Vitor Lima

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Já Vitor Lima, professor e sócio da agência Branded, falou sobre o conceito de marca e a possível evolução delas nas redes sociais. Questões como reputação da marca, comportamento do consumidor e todos os significados subjetivos que uma marca pode ter foram abordados.

“A marca está na cabeça do consumidor, o que ele tem é o produto, não a marca”, afirmou.

Valores como status e tribalização, por exemplo, podem definir o valor estabelecido de uma marca. Isso é o que ele define como Brand Equity: “às vezes a marca tem mais valor para o consumidor do que o produto em si”, disse Vitor citando como exemplo o sabão em pó Omo.

Você deve estar se perguntando: e como construir esse valor então? Para Vitor, a escolha certa da mídia é tudo! É preciso ter um bom canal de venda e também um bom canal de comunicação que vai estar aberto para o bem e para o mal.

“Se a marca não entregar a promessa feita para o consumidor, já era”, enfatiza o professor.

Paulo Dytz

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Entretanto, arrisco afirmar que a participação de Paulo Dytz, da B Sound Thinking, foi a mais intrigante do evento. O conceito apresentado, que leva o nome da empresa (sound thinking) se traduz em como uma marca pode ter sua coerência através do som. Paulo explicou que cada vez mais estamos vivendo em um mundo de poluição sonora. É preciso se perguntar qual é a identidade sonora de uma marca traçando os pontos de comunicação para melhorar a experiência do usuário de uma marca.

A metodologia é bem simples: escutar, criar e implementar. Com esses três pilares, Paulo tem desenvolvido ações que melhoram a percepção da mensagem com consciência e observação. Um bom exemplo foi o case apresentado no evento em que a B Sound tinha como missão melhorar a ambientação sonora de um grande shopping de Porto Alegre. O resultado trouxe mudanças para o nível de decibéis e ruídos nos corredores do shopping, o que possibilitou maior qualidade de vida para quem trabalha ali, desde lojistas, seguranças e equipe de limpeza até os clientes. O que provou que nem sempre um trabalho de sonorização se resume em adicionar sons.

“Trabalhamos com os pontos de contato sonoro que evidencia o DNA da marca, tentando encontrar os pontos bons e aquilo que precisa melhorar”, afirmou Paulo.

Ricardo Leite

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Quase encerrando o ciclo de palestras do #cdayrio, Ricardo Leite, da Agência Crama, apresentou todo o processo licitatório e de criação da identidade para a comemoração dos 450 anos do Rio de Janeiro. Lembrando que a Crama foi a vencedora de um concurso realizado entre 26 agências. A agência trabalhou o conceito de UX Branding (User Experience Branding), ou seja, uma nova dimensão onde o significado da marca surge com o uso que se tem dela, a experiência.

A ideia conceitual partiu da pergunta: o tem o carioca de singular e plural? O que é tão mais maravilhoso do que o Rio de Janeiro para se comemorar nos 450 anos da cidade? O resultado foi um desenho que lembra um rosto humano de perfil, onde as pessoas podem customizar cada carinha do jeito que melhor lhe convier. Dessa forma, a população da cidade consegue se apropriar da marca, como explicou Ricardo em sua fala.

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Ricardo Leite encerrou com a deixa criativa para a Coca-Cola.

Cristiana Grether

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O #cdayrio convidou ainda Cristiana Grether, que falou sobre a criação de Design para a Coca-Cola. Ela contou a história da Coca-Cola de uma perspectiva diferente. Todo mundo já conhece a forma da garrafa. Mas o briefing de criação da embalagem envolvia algo mais: que a garrafa fosse reconhecida mesmo quando estilhaçada. E assim, foi criado um vidro especial para ela, adotado nos EUA, o vidro verde. E esta preocupação com identidade única foi levada adiante, inclusive nas ações de marketing e campanhas publicitárias. Sabe a “onda”, utilizada como elemento visual de apoio nas latas e garrafas? É o encontro de duas garrafas invertidas. Tudo na identidade da Coca-Cola tem uma história de criação e existência.

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E ainda…

Além disso, foram dados brindes muito fofinhos e foram sorteadas canetas da Compactor, assinaturas da Wide, planos de hospedagem Hostgator (e seus jacarés de pelúcia), canecas do estúdio Ícone e caderninhos em parceria com a Moleco. Ufa!

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E olha algumas fotos de quem foi e usou a hashtag #cdayrio:

Por esse motivo que o evento foi um sucesso de público e de crítica com um ótimo conteúdo educativo e alto astral. Que venham outros dias como este!!

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Eu, Aline, e partipantes do #cday.

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No meio, Letícia Motta, fundadora do Cutedrop. De listras, Juliana Senra, e de estampa florida, Clarissa Cavalcante, colaboradoras do blog.

Quer ver mais fotos? Acesse o álbum do #cdayrio no Facebook ou o instagram do @cutedropblog.

Artigo por Aline Souza (@souzaline) do blog Escritus infinitus. Fotos por Taissa Sterim.