Parece que a mulher da foto está só mexendo nos cabelos e flertando, certo? Mas o que ela está fazendo de verdade vai muito além dos filmes de ficção científica.
Katia Canépa é beauty tech designer, pesquisadora da universidade PUC do Rio de Janeiro, com experiência em diversos países e projetos que misturam tecnologia e o mercado da beleza.
Desde unhas com sensores RFID a maquiagens eletrocondutoras, o portfolio de Katia está cheio de experimentos dignos de um filme Sci-fi, só que absolutamente reais.
Um dos mais interessantes, que parece retirado diretamente de um roteiro de James Bond, é o Hairware. Um recurso que permite que uma mulher, ao tocar em seus cabelos, ative ou desative ações pré programadas em seu smartphone, como gravar uma conversa, enviar uma mensagem ou localização geográfica, tirar uma fotografia, entre outros.
Funciona da seguinte forma: o Hairware na verdade é uma mecha de cabelo artificial que é quimicamente metalizada para se tornar condutora. Algumas camadas de fios não metalizados são inseridos para isolar o cabelo metalizado da pele e permitir que novos valores sejam adicionados às mechinhas magnetizadas sem que elas se toquem.
Cada vez que o usuário do Hairware toca no topo, centro ou base da mecha, o sensor reconhece valores distintos e realiza ações diferentes. Para evitar ações acidentais, o sensor compara os toques e reconhece os não intencionais. A criadora explica o objetivo da invenção:
Normalmente, quando alguma mulher mexe nos seus próprios cabelos, ela está inconscientemente emitindo alguma mensagem não verbal, decodificada por um observador. No entanto, quando ela toca no Hairware, ela não está só realizando uma atitude insconsciente, porque ela estará desencadeando uma ação através de um objeto. Hairware dá a oportunidade de tornar consciente uma ação insconsciente de auto contato.
Veja o case:
O projeto ainda está no campo da pesquisa, mas a gente não vê a hora de usar o poder dos nossos cabelos. Literalmente.
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